sábado, 2 de agosto de 2008

A PROFISSÃO



A PROFISSÃO

Ao ler uma das histórias do livro “O Cacto e a Rosa”, de António Bagão Félix, fiquei extremamente comovido com essa história “Profissão”, porque me tocou profundamente.
Nela, António Bagão Félix, conta que uma telefonista de hotel, depois de já ter dois filhos, ficou grávida de um terceiro que, por sinal, sofria e uma deficiência cromossómica invulgar e que teria pouco tempo de vida.
Durante o tempo de licença de maternidade criou-se entre as duas uma cumplicidade compassiva entre os olhos amantes e os olhos chorosos de quem só assim se sabia exprimir. Crente havia compreendido Santo Agostinho, que um dia escreveu “ A verdadeira medida do amor é a de amar sem medida”.
Com o aproximar do fim da licença de maternidade esta mãe, em consonância com o marido decidiu deixar o emprego no hotel e dedicar-se inteiramente aos filhos e em especial ao último.
Decidiu ir ao Centro de Emprego, quando lá chegou o funcionário perguntou se queria inscrever-se para um novo emprego idêntico ao que tinha. Ao que ela respondeu:
- O que eu quero é que incluam a profissão de mãe no rol das profissões existentes. Esta resposta foi motivo de chacota pelos funcionários.
Resumindo, o que me tocou nesta história de António Bagão Félix foi o sentimento de MÃE ao ponto de ser originalmente criativa de forma a colocar uma questão tão pertinente como a de uma nova profissão – MÃE….

(Texto baseado na História : PROFISSÃO de O CACTO E A ROSA)
JC

3 comentários:

f@ disse...

OLá... eu tenho de te aturar... tu aceitas comentários das nuvens!...
Mto no seu direito essa MÂE ... pena que esta história não tivesse dado lei quando o Dr B F. esteve no governo...
beijinhos das nuvens

prafrente disse...

Ser mãe a tempo inteiro é uma vocação que toca o transcendente...aliás, no dia de hoje, a maternidade é uma opção...cada vez mais distante...

Equiparar o ser mãe a tempo inteiro, a qualquer outra profissão e auferir por isso a justa remuneração, seria, sem dúvida,algo que eu aplaudiria de pé...mas sejamos realistas: o orçamento do estado português não suportaria tal medida.

Uma coisa é o desejável...outra é o possivel...Tomara que um dia seja possivel

JC disse...

Prafrente, agradeço a sua visita. Bem sei que Portugal não pode suportar esses custos, mas temos que pensar que estamos inseridos na UE e que temos que caminhar a passos largos par nos equipararmos os países mais evaluídos, nomeadamente os nórdicos.