terça-feira, 8 de setembro de 2009

AMPULHETA - V IDA


"O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que vamos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa."

António Vieira, S.J. (1608-1697)

É o passeio nesses horizontes no tempo a uma velocidade chamada viver…
e, redescobrir os minutos entre as folhas das h 0RAS…
JC
!MAGEM DA NET

sábado, 15 de agosto de 2009

VIDA É UMA CAMINHADA...UMA CONSTRUÇÃO



VIDA É UMA CAMINHADA... UMA CONSTRUÇÃO


És tu, hoje que determinas o que serás amanhã.

Não vivas sempre à espera de grandes momentos:

festas, férias... para sentires

a alegria da vida.

Vive intensamente cada dia, minuto a minuto

saboreando este grande dom: a

VIDA

O tempo escoa-se e não se repete!

Semeia a boa semente no campo da

vida...

Dá tempo ao silêncio

à contemplação

à oração

à paz
:
à interiorização dos valores.

Assim,

descobrirás cada vez mais

que ser pessoa

exige uma abertura ao AMOR,

ao SERVIÇO.

à PARTILHA.


Do livro "Uma Aposta na Vida"

Horácio Coelho Cristiano
Imagem A VIDA ÉUMA CAMINHADA de Carina -Olhares

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CÂNTICO DO AMOR


CÂNTICO DO AMOR

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.

(Paulo de Tarso)

Imagem da Net

JC

sábado, 11 de julho de 2009

BAIXINHO


BAIXINHO



Eu gosto de te ouvir, oh vento!

Mas não andes agora a ramalhar

ao pé de mim.



Um só momento, Vento, sossegado!

Deixa-me aqui afogado

no silêncio da mata...



Porque eu sinto a minh'alma a querer falar

porém tão em sossego fala ela

que, se continuas, Vento, a ramalhar,

não consigo entendê-la...



Sebastião da Gama

Imagem da Net



JC

domingo, 28 de junho de 2009

CHUVA




CHUVA


A chuva é na sua essência, um acto de arrependimento. Da água que, qual filho pródigo, regressa à terra própria. E um acto de reconciliação. Da terra que, qual mãe extremosa e amiga, a recebe com carinho.

Por vezes, porém, cai chuva ácida. E, assim sendo, o acto de reconciliação é toldado pela doença adquirida na viagem da partida. O que leva, algumas vezes, a que a terra-mãe se veja obrigada a tirar o cavalinhoda chuva.


Do livro "Do lado de cá ao deus-dará"

de António Bagão Felix

Imagem de F@ do blog Sal p!car te - http://flautistaon.blogspot.com/

JC


sábado, 20 de junho de 2009

A VIDA


A VIDA

Eu recebi uma vida
Vida para ser vivida
Vida para ser sofrida
Vida que eu não cnsigo contar

Contar o quê?
Contar para quê?

A vida não se repete
A vida é sempre uma prova
Tudo em torno se renova
Cada qual tem seu viver

Onde está a minha vida
Que eu não consigo encontrar?

Está no ontem?
Está no hoje?
Em que lugar estará?

Onde estará a minha vida
Em que lugar escondida
Até quando eu próprio não saberei?


Vinícius de Morais

Imagem da net



JC

domingo, 7 de junho de 2009

ACREDITAR



ACREDITAR


Na vida há os que ganham, os que perdem e os que desistem . E não há lugar no pódio para os que desistem. Quando acreditamos numa coisa, há que insistir e correr atrás daquilo que se quer.


Manuel Alfredo de Mello

Imagem da Net


JC

domingo, 31 de maio de 2009

PESSOAS



A alma pode ser o segredo do negócio. Mas sem pessoas o negócio não tem alma.

São as pessoas que se cruzam na nossa vida que fazem a nossa história.


António Pires de Lima
Revista Exame
Imagem da Net

JC

domingo, 17 de maio de 2009

FORÇA DE VIDA


FORÇA DE VIDA

Sempre que cometer um erro ou sempre que a vida o derrubar, não fique muito tempo a pensar nesse assunto. Os erros são o modo que a vida tem de o ensinar. A sua capacidade de cometer asneiras ocasionais é inseparável da sua capacidade de alcançar os objectivos a que se propõe. Ninguém consegue ganhar sempre e os seus fracassos, quando acontecerem, fazem simplesmente parte do seu crescimento. Livre-se das suas asneiras! Como pode saber quais são os seus limites se não tiver ocasionalmente um fracasso? Não desista nunca. A sua vez chegará.

Do livro “A melhor maneira de viver”
Og Mandino

domingo, 10 de maio de 2009

FELICIDADE


FELICIDADE


Ao ler a revista “UNICA” do Jornal Expreso, deparei-me com uma entrevista ao Dr. Carlos Amaral Dias(Psiquiatra e Psicanalista), onde, entre várias questões que lhe são colocadas, houve três que me despertaram particular atenção e que resolvi partilhar convosco:

É um homem feliz? Não acredito no conceito de felicidade. É uma nivelação por baixo daquilo que se pode esperar da vida – e o que se pode esperar da vida é a capacidade de tirar prazer da existência humana, sabendo coabitar ao mesmo tempo com o sofrimento que é inerente à espécie. Felizes podem ser, talvez, os besouros...

A inteligência impede-nos de ser felizes? A complexidade da inteligência impede-nos. A felicidade é um conceito utópico e eu não gosto de utopias. A minha vida é transformar o sofrimento das pessoas que me procuram num sofrimento comum. O sofrimento faz parte da espécie humana.

A felicidade é um conceito que nos “trama” porque andamos todos à procura de uma coisa que não existe? Então não é?! É uma utopia que se vende ao desbarato.

Depois de ler as três respostas dadas por ele sobre felicidade, questiono-me eu próprio. Será que felicidade é mesmo uma utopia?


Imgem da Net

JC

sábado, 2 de maio de 2009

SAÚDE




SAÚDE

Temos vindo desde há alguns dias a ser constantemente bombardeados com notícias nos telejornais sobre a Gripe Suína, mais recentement designada por Gripe A.

Do que nos tem sido dado a saber esta gripe teve origem no México e rápidamente se está a propagar pelo mundo. Mundo, que pelos vistos, não está preparado para um combate rápido e eficaz a esta doença, pois cada dia que passa mais casos aparecem, mais mortes se verificam e a própria OMS, numa escala de 0 a 6 já a classificou com o grau 5, o que quer dizer que ou se resolve com celeridade este problema ou podemos estar à beira de uma pandemia. O que seria uma catástrofe para a humanidade.

O que me intriga no meio de tudo isto é que se fosse para declarar guerra a algum estado soberano ou interferir nos assuntos internos de algum país as grandes potências mundiais já o teriam feito. No entanto, disponibilizar meios financeiros e humanos para sarar este e outros males que que nos afectam e afligem a burocracia é enorme e a morosidade torna-se numa eternidade.

Pergunto.

Até quando?

Deixo este desafio. Se alguém me souber e qiser responder, fico extremamnte agradecido.



Imagem retirada da net


JC


domingo, 26 de abril de 2009

RECOMPENSA


RECOMPENSA

Recompense-se sempre da melhor maneira possível pelas longas horas de trabalho e labuta, rodeado pela sua família. Alimente cuidadosamente o amor que a família nutre por si, nunca se esquecendo de que os seu filhos precisam de exemplos, e não de criticas, e que os próprios progressos deles se precipitarão quando você lutar constantemente para mostrar a sua melhor faceta aos seus filhos. Além disso, mesmo que tenha falhado em tudo o resto aos olhos do mundo, se tiver uma família afectuosa, acabará por ter êxito.

Excerto do livro “ A Melhor Maneira de Viver”
de Og Mandino

Imagem da net

JC

sábado, 18 de abril de 2009

AO PAI DE QUALQUER MENINO



AO PAI DE QUALQUER MENINO

Há olhos pequeninos que estão postos em si, e
o observam dia e noite,
Há pequenas orelhitas que captam rapidamente
tudo o que diz,
Há mãozinhas pequenas ansiosas por fazer
tudo o que você faz,
E um rapazinho que sonha
como o dia em que será como você.

É você o herói do pequenito, é
o mais sábio dos sábios,
No seu pequeno cérebro nunca surgem
suspeitas sobre si.
Ele acredita com devoção em si,
tudo o que disser e fizer,
à sua maneira, ele dirá e fará, quando for
crescido, como você.
Há um pequenito de olhos grandes que
pensa que você está sempre certo,
Tem os ouvidos sempre alerta e
observa-o dia e noite,
Todos os dias, você constitui um exemplo
em tudo o que faz
Para o rapazinho que está à espera de crescer
e ser como você

Excerto do livro “ A Melhor Maneira de Viver”
de Og Mandino
Imagem de autor desconhecido


JC

sexta-feira, 10 de abril de 2009

CADA PESSOA É ÚNICA NO SEU CORAÇÃO


CADA PESSOA É ÚNICA NO SEU CORAÇÃO


O coração é o elan, a força, o dinamismo que dá vida e que faz de uma pessoa um ser único no mundo. O coração é o centro da vida emocional, da vida sentimental, da vida afectiva, da vida interior de cada pessoa. É o lugar onde se vive o mistério pessoal de cada um.

As minhas palavras, os meus gestos, as minhas atitudes revelam exteriormente o que se passa dentro de mim. Elas traduzem os desejos e os sentimentos que tenho no meu coração.

Há em cada pessoa um mundo interior: os gostos, as amizades, as emoções, os medos, as ambições, os sonhos, os sentimentos…Tudo isto constitui o mistério pessoal de cada um.

O coração, é o centro da pessoa, o lugar onde ela dialoga consigo mesma, a fonte da sua personalidade consciente, inteligente e livre, o lugar das suas escolhas decisivas. É no coração que se determinam as orientações mais fundamentais da personalidade.

Há em cada um de nós um mundo interior, onde o coração, o espírito e a inteligência dinamizam a vida do corpo e fazem de cada ser humano uma pessoa única no mundo.

Esta pessoa que é cada um de nós, que sou eu, tem fome e sede de viver. E, quantas vezes esta vida não é vivida na sua total fascinação… não é uma vida com qualidade.


Excerto de “ Uma Aposta na Vida”
Imagem retirada da net
JC

sexta-feira, 3 de abril de 2009

CADA PESSOA É ÚNICA NO SEU ESPÍRITO




CADA PESSOA É ÚNICA NO SEU ESPÍRITO


Cada pessoa é dotada de uma inteligência que a torna capaz de compreender, de pensar, de reflectir de modo diferente das outras pessoas; é dotada de uma imaginação que a torna capaz de criar, de inventar, de produzir de modo original; é dotada de uma memória que regista as palavras, os nomes de novos dados, segundo um modo específico de aprendizagem; é dotada de um juízo que a torna capaz de escolher, de julgar, de discernir, de modo pessoal; e finalmente, é dotada de uma vontade que lhe permite decidir livremente sobre os seus actos, segundo motivações e valores que lhe são próprios.

Contudo estas faculdades do nosso espírito têm algo de ilimitado e de misterioso. Existe uma parte de nós mesmos que nós não compreendemos, aquela parte que constitui as profundezas do nosso inconsciente e subconsciente.

Excerto de “Uma Aposta na Vida”
Imagem retirada da net
JC

domingo, 29 de março de 2009

A VIDA DE CADA PESSOA É UM MISTÉRIO


A VIDA DE CADA PESSOA É UM MISTÉRIO

Cada pessoa é única no seu corpo, no seu espírito e no seu coração.

Cada pessoa é única no seu corpo

Sem o meu corpo não sou nada, porque eu habito o meu corpo, pertenço ao mundo de maneira única pelo meu corpo. Os meus olhos são uma janela aberta sobre o mundo dos sentidos.

A minha maneira de estar no mundo, graças ao meu corpo, tem um carácter insubstituível. Mesmo se o meu corpo me permite comunicar de modo único, há sempre uma parte de mim mesmo que é incomunicável, pois os gestos e as palavras não revelam senão uma parte da minha verdade interior.

É pelo corpo que eu comunico com os outros, pelo olhar, pela palavra, enfim, por todas as técnicas audiovisuais e as da bioenergia.

O corpo de cada homem e de cada mulher é uma maravilha da Criação.

Excerto de “ Uma Aposta na Vida”
Imagem retirada da net

JC

quarta-feira, 25 de março de 2009

AMIGOS E AMIZADES


AMIGOS E AMIZADES

O conceito de amigo e de amizade é cada vez mais banalizado. Muitos confundem amizade com conhecimento. Conheço aquela pessoa, falei com ela meia dúzias de vezes, logo é minha amiga.

O conceito de amizade é muito mais profundo. Amigo é aquele que está disposto a ouvir-nos quando precisamos, é o confidente de muitos assuntos, é o que nos aconselha em momentos de necessidade, é o que está presente nos momentos bons e menos bons e….mesmo destes alguns acabam por nos trair quando algo corre menos bem. Fico desiludido, triste; mexe comigo de uma forma muito profunda quando isso acontece. E já algumas vezes aconteceu. Por muito que repita a mim mesmo que tal não volta a acontecer, que vou ser mais cuidadoso na escolha das amizades, há sempre mais alguém que me volta a desiludir quando menos espero. Acreditar sempre é preciso; é algo mais forte do que nós e que não conseguimos controlar.

Os falsos amigos, estão connosco por interesse, apenas para alcançar ou conseguir alguma coisa e depois de o ou a terem descartam-nos, como se fossemos produtos descartáveis. Usam-nos, não servimos para mais nada, põem-nos fora. Não são amigos , só olham para si mesmos... E há tantos…

Contudo, ainda existem os AMIGOS, aqueles que nunca nos decepcionam. Que são sempre nossos amigos e preservam a AMIZADE. Eu tenho alguns desses. Eles são os meus amigos do coração.

Os outros escuso-me a emitir mais comentários. Não merecem que se gaste muitas palavras ou se escrevam muitas linhas para os caracterizar.

Amigos e Amizade são duas palavras, dois conceitos, muito fortes e importantes que merecem que as pessoas lhe dêem o valor que merecem, mas que na sociedade actual se estão a perder e a esvaziar.

Para os meus amigos um grande e forte abraço de amizade.


Imagem retirada da net

JC

quinta-feira, 19 de março de 2009

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


INTELIGÊNCA EMOCIONAL

Porque é que algumas pessoas parecem dotadas de um dom especial que lhes permite viver bem, apesar de não serem as que mais se destacam pela sua inteligência? Porque é que nem sempre o aluno mais inteligente acaba por ser o que tem mais êxito? Porque é que umas pessoas estão mais capacitadas do que outras para enfrentar contratempos, superar obstáculos e ver as dificuldades sob uma perspectiva diferente?
Goleman apresenta uma teoria revolucionária que abalou os conceitos clássicos da psicologia, que davam prioridade ao intelecto. A nossa concepção da inteligência humana é estreita e não tem em consciência uma ampla gama de capacidades essenciais para viver bem e alcançar um desenvolvimento integral do ser humano. A inteligência emocional é uma forma de nos relacionarmos e interactuarmos com os outros e com tudo o que nos rodeia, englobando aptidões como o controlo dos impulsos, a motivação, a perseverança, a empatia ou a agilidade mental, que configuram traços do carácter, como a autodisciplina ou o altruísmo, e que resultam essenciais para conseguir uma melhor adaptação social.

Imgem da net
Do livro de Daniel Gleman


JC

segunda-feira, 16 de março de 2009

MELHOR FORMA DE VIVER


MELHOR FORMA DE VIVER


Nunca mais ocupe os seus dias ou as suas noites com tantas coisas insignificantes, pois pode ficar sem tempo para aceitar um desafio importante. Aplica-se este conselho tanto à diversão como ao trabalho. Um dia em que apenas se sobreviveu não é motivo para festejar. O leitor não está aqui para esbanjar as suas preciosas horas, pois tem capacidade para atingir outras metas ao fazer uma alteração mínima na sua rotina. Basta de trabalho inútil! Basta de se esconder do sucesso! Dê-se tempo e espaço para crescer. Não é amanhã! É agora!

Excerto do livro “A melhor Maneira de Viver”
de Og Mandino

JC

sábado, 14 de março de 2009

MOTOR DA VIDA


Motor da Vida


O esforço é o combustível da vontade. A vontade é o lubrificante da consciência. A consciência é o volante do espírito. O espírito é o motor da vida.

E se tudo começa no esforço, isto é, no trabalho, então muito resulta da boa ou má qualidade do combustível usado. Com mais ou menos octanas, com ou sem chumbo…


Excerto do livro “ Do lado de cá, ao deus – dará!”
de António Bagão Félix
Imagem de
simples-devaneios.blogspot.com

JC

quarta-feira, 11 de março de 2009

FELICIDADE


FELICIDADE

Aperceba-se de que a verdadeira felicidade se encontra dentro de si. Não perca tempo nem esforço à procura de paz, satisfação e alegria no mundo exterior. Lembre-se de que não existe felicidade em ter ou em receber, mas tão-somente em dar. Estenda a mão. Partilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é uma fragrância que não se pode derramar sobre os outros sem que algumas gotas caiam em cima de si.

Excerto do livro “A Melhor Maneira de Viver”
de Og Mandino
Imagem retirada da net
JC

segunda-feira, 9 de março de 2009

INCLUSÃO SOCIAL - POSTAGEM COLECTIVA


INCLUSÃO SOCIAL

A inclusão social é um problema com que grande maioria dos países, senão mesmo todos os países do mundo se debate.

Pegando neste tema, falarei sobre a imigração que prolifera por todo o mundo sem quaisquer condições.

Verificou-se e ainda se contínua a verificar imigração desmedida de países Africanos e da antiga Europa de Leste para países mais desenvolvidos da Europa Ocidental e do continente Americano. Muitas vezes imigrantes sem contrato de trabalho chegam e são acolhidos sem o mínimo de dignidade. As habitações onde vivem são barracas sem o mínimo de condições de higiene e segurança. Sujeitam-se a fazer qualquer tipo de serviço a troco de uns míseros euros ou dólares para a sua subsistência.

Muitos começam por vir sozinhos, vindo a família à posterior, o que torna ainda mais complicada a depauperada situação em que se encontram.

Os filhos com idade escolar têm a dificuldade da língua e a adaptação a outro mundo completamente diferente. A realidade é outra, nada tendo a ver com a do país de origem.
A adaptação e a integração na sociedade e no mundo escolar são difíceis. Por vezes rejeitados por colegas que lhes podiam facilitar a vida e uma fácil integração. Mas as pessoas que habitam este planeta “Terra” por vezes são más, e egoístas, esquecendo completamente o outro.

Quem pensa imigrar e procurar uma vida melhor deve estar seguro de que o país para onde vai trabalhar lhe pode oferecer o mínimo de condições, nomeadamente contrato de trabalho, integração no sistema de segurança social, direito à saúde e todas as garantias que lhe possam assegurar uma permanência digna. O sol quando brilha deve brilhar para todos de igual modo. Não podem uns ficar às escuras e outros terem toda a luz do astro rei.

Imagem da net


JC

sábado, 7 de março de 2009

ÂMAGO




Âmago


Quando aprenderes que poder não é “razão”; que força não é poder sobre, mas poder com; que o poder absoluto não exige absolutamente nada dos outros; quando compreenderes estas coisas, podes merecer usar o corpo de uma mulher – porque terás finalmente entendido a sua Essência.

Uma mulher ouve a melodia das flores ao vento. Vê a beleza do invisível. Sente os puxões, empurrões e impulsos da vida. Sabe quando é tempo de correr e tempo de descansar; tempo para rir e tempo para chorar; tempo para reter e tempo de deixar ir.

Excerto do livro Conversas com Deus
de Neale Donald Walsch
Imagem de Judite Pitta
JC

quarta-feira, 4 de março de 2009

PENSAMENTOS


“Haverá algo mais verdadeiro do que ser pessoa entre a multidão?”

Fernando Pessoa

JC

domingo, 1 de março de 2009

INSERÇÃO SOCIAL




INSERÇÃO SOCIAL

Como há alguns meses atrás referi num texto que escrevi e publiquei aqui, fiz parte durante nove anos da direcção duma instituição particular de solidariedade social. Foram dos melhores anos da minha vida, porque tive a oportunidade de dar algo de mim a quem tanto precisava.

Na altura em que saí, por razões de ordem pessoal, e porque achava que devia fazer uma pausa, ainda não tinha sido criado na instituição uma nova valência para crianças e adolescentes considerados, grupos de risco, ou seja, crianças de rua, abandonados pela família e a caminho da delinquência.

Essa valência foi criada há cerca de dois anos, sempre que posso procuro inteirar-me de como correm as coisas na associação e de uma forma particular este grupo de jovens (cerca de doze).
Aquilo que me dizem é que são crianças e jovens com quem é difícil de lidar, dado que destroem tudo o que lhes é posto á disposição, desde computadores até às próprias instalações que utilizam, passando pelas viaturas que todos os dias são por eles utilizadas para os levarem aos diversos estabelecimentos de ensino que frequentam.

Ainda assim, é grande a satisfação com que vemos encaminhados cerca de 50%,vivem hoje uma vida normal, uns continuando a estudar, outros a trabalhar.

Isto dá-me uma grande alegria porque são menos jovens que andam na rua e no submundo da vida. São pessoas que tem uma vida estável em todos os aspectos.

Começo a ter saudades de voltar á instituição ou fazer voluntariado e voltar a dar mais um pouco de mim a quem precisa mais do que eu.



Imagem de longtakk.blogs.sapo.pt
JC


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PENSAMENTOS





Haverá algo mais verdadeiro do que cantar sem música?


CAMÕES

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ESTADOS DE ALMA



ESTADOS DE ALMA


A tristeza e a alegria cruzam-se no semáforo do quotidiano. Não se opõem, namoriscam e até se apreciam mutuamente.

A alegria só o é verdadeiramente se consciente, porque a alegria não se confunde com a euforia. A tristeza só o é verdadeiramente se serena, porque a tristeza não se confunde com o desgosto.

Estar na alegria não é necessariamente ser alegre. Ser triste é coisa diferente de estar triste. A alegria e a tristeza são referências estáveis no mar da intranquilidade do nosso espírito. Não são meros estados de humor ou aditivos anímicos adquiridos no mercado das emoções.

A alegria e a tristeza unem o princípio e o fim das nossas vidas. Por isso, ambas estão associadas ao dever. Ao dever de viver, de dar vida e de entregar a vida.

A alegria não significa necessariamente felicidade, como a tristeza não transmite obrigatoriamente infelicidade. Pode-se ser feliz na tristeza e infeliz na alegria.

A alegria e a tristeza são expressões do afecto mais profundo que alimenta e estabiliza o amor. Pode-se amar na tristeza e desamar na alegria, embora se pense exactamente o contrário.

A alegria só existe porque há tristeza, senão seria um estado e alma neutro. A tristeza sem alegria seria uma espécie de pão ázimo onde faltaria o fermento que dá expressão à vida.

A alegria e a tristeza não são momentos. São estados de alma. Não se limitam a coabitar na mente. Aconchegam-se no coração e vagueiam pelo sangue.

Se a alegria é mais partilhada porque mais exteriorizada, a tristeza é mais solitária porque mais interiorizada.

Portugal, expressão de uma pátria e de um povo, é na sua soma uma expressão de alegria contida e tristeza afável. O fado e o canto exprimem a portugalidade deste modo de ser na duplicidade desta unidade sentimental.

Excerto do livro “Do lado de cá ao deus-dará”
de António Bagão Félix
Fotografia de
Mark Freedom

JC




terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

COISAS DE ADOLESCENTES


COISAS DE ADOLESCENTES


Há alguns dias atrás estava a ver o telejornal e fui surpreendido com a notícia de uma adolescente inglesa, de 15 anos, que deu à luz um filho e o pai seria também um adolescente de 13 anos.

Volvidos dois dias ouvi uma referência à mesma notícia, no telejornal da mesma estação televisiva em que mais dois adolescentes, um de 16 e outro de 14 anos diziam que também tinham tido relações sexuais com a referida adolescente e também eles poderiam ser os pais do bebé.

A criança de 13 anos predispõe-se e quer fazer os testes de ADN para provar a paternidade, mas o que mais me choca é a imprensa, escrita e falada oferecer “fortunas” para conseguir depoimentos exclusivos desta criança. Mais, a própria família está dividida quanto aos valores, porque uns acham que ele deveria aceitar, outros, pelo contrário, acham que ele se deve manter calado e viver duma forma discreta.

Depois do que ouvi; pergunto.

Para onde caminha a sociedade em que vivemos? Quais os valores que perfilhamos e pelos quais orientamos a nossa vida? Que transmitimos nós aos nossos filhos para que eles trilhem estes caminhos?

Espero, sinceramente, que tudo isto mude rapidamente e que não percamos os valores da sociedade nem da família.


JC

domingo, 15 de fevereiro de 2009


O ruído urbano pode levar aves fiéis ao adultério.
O diamante mandarim, monogâmico, localiza o parceiro graças aos pios, que hoje são abafados pela poluição sonora.


Nem todos se sabem adaptar

Apesar de os melros e os chains-reais parecerem capazes de tirar partido do canto flexível para enfrentar a cocofonia urbana, nem todas as aves possuem essa capacidade de se adaptarem aos ruídos fortes e graves. As grandes perdedoras são as que dependem em muito, ou em exclusivo, dos cantos em surdina, e que são fisicamente incapazes de atingirem frequências mais altas. O papa-figos, o cuco, a felosa e até o muito abundante pardal comum incluem-se nesta categoria. Antigamente, estes pardais eram os visitantes mais assíduos dos parques e jardins britânicos, mas a sua população está em queda livre, uma tendência que também se observa no continente europeu. “ Não temos uma explicação concreta, mas o ruído pode ser um factor”, diz Hans Slabbekoorn. “As frequências baixas são uma componente importante do canto dos pardais comuns”.

O ruído forte pode ainda ter efeitos inesperados, como levar as aves mais fiéis ao adultério. O diamante mandarim, por exemplo, mantem uma relação monogâmica graças a uma série e pios que lhe permitem reconhecer e localizar o seu parceiro. John Swaddle, do Colégio William and Mary , em Williamsburg, Estados Unidos, descobriu que um ambiente ruidoso impedia as fêmeas de ouvir esses pios. Este fenómeno enfraquece os laços entre os parceiros, em geral muito fortes, e incita as fêmeas a trocar os seus eleitos por desconhecidos.

Mesmo entre as espécies que parecem ter-se adaptado à poluição sonora, há sinais de que as aves fazem o que podem e que a flexibilidade tem um preço. Os pintarroxos comuns despendem muita energia a tentar cantar mais alto, para abafar os ruídos da cidade, o que encurta as suas melodias. Como as fêmeas desta espécie preferem parceiros capazes de cantar durante muito tempo, os machos que compensam o ambiente sonoro poderão ter menos hipóteses de acasalar. O chapim-real tende a fazer admirar o seu registo vocal de frequência baixa no começo da época de reprodução: Mas essas notas requerem mais esforço, comenta Slabbekoorn. Constituem um bom indicador da potência do cantor e do seu potencial de acasalamento Esses sons melodiosos podem, todavia, perder-se entre a barulheira urbana e os machos que vivem nas cidades são forçados a encontrar um compromisso entre causar boa impressão e fazerem-se simplesmente ouvir.

O facto de os pássaros urbanos elaborarem estratégias destinadas a fazer face ao ruído permite entender a amplitude do problema. “ Há vários factores que influenciam a capacidade das aves de acasalar nas cidades, mas o ruído é o mais ignorado de todos”, observa Slabbekoorn Resta saber em que medida o ruído vai alterar o coro matinal que toda a gente já ouviu pelo menos uma vez na vida.
EXCERTOS REVISTA
NEW SCIENTIST LONDRES
AUTOR ED YONG
DE MAR./08

JC

domingo, 8 de fevereiro de 2009

CIDADES RUÍDOS (3)

CIDADES RUÍDOS (3)
PÁSSAROS NÃO CONSEGUEM FAZER-SE OUVIR

PRIMEIROS SONS

DIAMANTE MANDARIM

O mundo das crias do diamante mandarim constitui uma etapa indispensável da aprendizagem do canto, um pouco como as onomatopeias nas crianças.

Até agora, os biólogos consideravam que as aves jovens pipilavam para aprenderem a controlar os músculos que, mais tarde, lhes permitiram emitir os sons do canto adulto.

Pensavam que a composição desses sons de canto dependia de outros mecanismos. Mas alguns estudos de neurologia realizados sobre o cérebro dessas aves indicam que o pipilar tem, sobretudo, uma função de exploração acústica, necessária para a produção de um canto coerente, e que a mesma zona cerebral controla, ao mesmo tempo, esses números e o canto, não o trabalho muscular, escreve a NEW SCIENTIST.


Comportamento flexível


“Essa maleabilidade dá-lhe uma grande capacidade de adaptação e condições diversas”, afirma Slabbekoorn. A intensidade dos ruídos pode variar consideravelmente de floresta para floresta e as aves que vivem perto de zonas barulhentas, como cascatas ou cursos de água, também optam por uma frequência mais alta, como as suas congéneres dos meios urbanos. A flexibilidade do seu canto permitiu-lhes suportar as condições sonoras artificiais causadas pelo ser humano.

Essa elasticidade de comportamento diferencia as espécies que se adaptam à poluição sonora das que lutam para sobreviver nela. O aumento recente dos ruídos urbanos significa que a maioria das estratégias vocais utilizadas pelos pássaros das cidades resulta, sem dúvida, e reacções apreendidas e não da evolução. É provável, contudo, que se verifique uma mudança a longo prazo, devido ao papel que os cantos desempenham para a sobrevivência e a reprodução destes animais.

Os cantos são, sobretudo, um aspecto característico da parada sexual do macho, que leva as fêmeas a escolhê-lo e aumenta as suas possibilidades de se reproduzir. Se passarem a ver na capacidade na capacidade de cantar mais alto do que os barulhos circundantes um indicador de qualidade, as fêmeas preferirão acasalar com os machos que conseguem fazê-lo e essa particularidade será incentivada pela selecção sexual Os indivíduos capazes de distinguir os cantos dos outros pássaros por entre os ruídos urbanos também beneficiam de uma vantagem selectiva, o que acabará por aumentar a sua percentagem entre a população.

Se as suas capacidades de cantar e ouvir se tornarem suficientemente diferentes das dos pássaros dos campos, os pássaros das cidades sentir-se-ão menos atraídos pelas melodias daqueles e talvez cheguem ao ponto de deixarem de os considerar congéneres.
Estas mudanças poderão traduzir-se numa distinção genética entre populações urbanas e rurais. Poderá acontecer que grupos diferentes da mesma espécie venham a adoptar estratégias divergentes para se adaptarem aos ruídos urbanos, provocando uma separação no seio de uma população que vive em zona próximas [especiação simpátrica] “Seria fascinante observar esse tipo de fenómeno”, diz Fuller, entusiasmado.

Não se trata de mera especulação. Alguns ornitólogos pensam que o melro europeu já se dividiu em subespécies, rural e urbana, que se distinguem pela forma do corpo e pelos comportamentos Slabbekoorn e o seu colega Erwin Ripmeester estão a estudar a forma como os ruídos das cidades acentuam essa separação. Utilizam gravações para determinar se os melros urbanos respondem mais significativamente aos cantos dos indivíduos das cidades do que aos dos do campo. Também recolheram amostras de sangue das duas populações e tencionam investigar as diferenças genéticas. “Verificámos, sem dúvida, alguns elementos de especiação. Mas talvez já não estejamos cá para ver o resultado final”, afirma Slabbekoorn.

EXCERTOS REVISTA
NEW SCIENTIST LONDRES
AUTOR ED YONG
DE MAR./08

JC

domingo, 1 de fevereiro de 2009

OS PÁSSAROS NÃO CONSEGUEM FAZER-SE OUVIR - RUÍDOS CIDADES - 2




CIDADES RUÍDOS (2)
PÁSSAROS NÃO CONSEGUEM FAZER-SE OUVIR

INVASÃO – MAIS PRAGAS NOS JARDINS


Algumas espécies de aves comuns dos sub-bosques e das sebes podem ser frequentemente encontradas nas cidades, salienta o diário londrino THE DAILY TELEGRAPH.
Gaios, pegas e chapins rabi longos vêm procurar refugo nos jardins e parques urbanos, porque as valas, encostas e bosquetes que habitualmente lhes serviam de abrigo e de fonte de alimentos estão a desaparecer. Os dados recolhidos ao longo dos últimos 30 anos pela real Sociedade de Protecção de Aves indicam que o número de pegas em jardins aumentou 146 por cento e das rolas turcas 450 por cento.

Rouxinóis cantam cada vez ais alto

Resta saber se cantar à noite será o meio mais eficaz de lutar contra a poluição sonora. Esta não é, de facto, a unia opção. Quando não cantam à noite, os rouxinóis fazem algo que parece entrar em contradição com a sua melodia delicada: cantam mais alto! Quando gravou o canto dos rouxinóis entre as 17 e as 22 horas, Henrik Brumm, da Universidade de Saint Andrew, no Reino Unido, verificou que o nível sonoro das aves que viviam em Berlim era de 14 decibéis acústicos ( dB (A)) mais alto do que o canto das suas semelhantes das florestas e atingia mais de 95 dB (A), uma potência suficientemente elevada para levar um ser humano a tapar os ouvidos (o limiar do risco auditivo do homem é de 85 dB(A) e o limiar para integridade do ouvido humano situa-se nos 120 dB (A)). A intensidade do canto dos pássaros é proporcional ao nível do fundo sonoro cantam especialmente alto de manhã.

Estas alterações da hora ou da intensidade do canto representam uma solução bastante evidente para o problema mas algumas aves canoras elaboraram estratégias mais subtis.
O nível sonoro urbano é mais elevado nas frequências baixas (entre 1 e 3 quilohertz).Ao evitarem estas frequências baixas, os pássaros conseguem tornar mais audível o seu canto. Os melros, tentilhões cantores e pintarroxos optaram por esta solução, mas o especialista nesta matéria a ser o chapim-real.

Há cinco anos que Hans Slabbrkoorn, da Universidade de Leyden , na Holanda, estuda o modo como estas aves se adaptam aos ruídos urbanos. Descobriu que os chapins que vivem nas zonas mais barulhentas da cidade de Leyden emitem uma melodia cuja frequência mínima é mais elevada do que a dos seus semelhantes que povoam os bairros mais calmos. Quando estudou as populações de chapins-reais de dez cidades europeias, entre elas Londres, Paris e Amesterdão, Slabbekoorn apercebeu-se de que as melodias de todos os espécimes eram mais agudas do que as dos seus congéneres que tinham escolhido viver nas florestas e que a frequência do seu canto se elevava a cerca de 3200 hertz, ou seja, mais 200 hertz, em média. Os chapins-reais das cidades não só cantam numa gama d notas mais elevada como abandonaram os refrães tradicionais dos seus semelhantes das florestas., optando por refrães mais originais.

Esta capacidade de modificar as melodias é um trunfo valioso para enfrentar o burburinho crescente das cidades. Ao contrário de algumas aves, que aprendem todo o repertório no ninho, os chapins-reais e os tentilhões cantores, entre outros, alteram regularmente o seu canto ao longo da vida. Possuem um registo bastante mais rico do que o necessário e escolhem as suas melodias em função do contexto. Ao avaliarem qual o canto melhor adaptado a uma situação específica, os indivíduos podem servir-se da sua experiência e adaptar-se às mudanças de conjuntura.

Estas novas estratégias, cuja eficácia não deixa dúvidas, podem ser transmitidas aos jovens, que aprendem a cantar ouvindo os seus vizinhos mais experientes. Ou então os cantos podem ser melhor adaptados por defeito: se não conseguem ouvir as sequências de baia frequência emitidas pelos mais velhos, os pássaros jovens nunca aprenderão as melodias que incluem notas baixas, o que poderá diferenciar o seu canto dos repertórios locais.

EXCERTOS REVISTA
NEW SCIENTIST LONDRES
AUTOR ED YONG
DE MAR./08

JC




domingo, 25 de janeiro de 2009

OS PÁSSAROS NÃO CONSEGUEM FAZER-SE OUVIR - RUÍDOS CIDADES - 1


CIDADES RUÍDOS - 1
PÁSSAROS NÃO CONSEGUEM FAZER-SE OUVIR


Os chilreios matinais, que ainda se ouvem pelas cidades, poderão acabar dentro de pouco tempo.
Para já, os pássaros vêem-se forçados a alterar as suas melodias para se fazerem ouvir pelos seus semelhantes.
Nascer do sol na cidade. O breve silêncio da noite dá lugar ao rugido fraco dos automóveis, camiões e fábricas, mas há um som cuja ausência é notória. O familiar coro da aurora, acompanhado pela sua rica mistura de melodias e pios, já não se ouve. Em vez dele, ouvimos uma música espantosamente frágil: bárbara, aguda e, por vezes, estridente. Sejam bem vindos à paisagem sonora do futuro.
Não se trata de uma visão catastrofista, mas da previsão de cientistas que estudaram as consequências da poluição sonora sobre a vida dos pássaros urbanos. O clamor crescente proveniente das cidades e das estradas pode parecer-nos desagradável, mas, para os pássaros, pode significar a diferença entre a vida e a morte. Este fundo sonoro consegue camuflar, em simultâneo, o ruído dos predadores que se aproximam e os pios que anunciam perigo. Poderá, além disso, alterar as hipóteses de reprodução dos indivíduos ao abafar o canto que os machos utilizam para atrair as fêmeas e marcar o seu território.
O impacto de tal ruído já é inegável. Algumas espécies deixaram, pura e simplesmente, de ser capazes de se fazer ouvir por entre esta barulheira crescente e encontram-se encurraladas fora da cidade. Outras começam a modificar o seu modo de comunicação. A longo prazo, poderão aparecer novas espécies. Se os níveis sonoros continuarem a aumentar, é inevitável que a vida dos pássaros urbanos mude de forma significativa.
Se prestarmos atenção, essas mudanças já são perceptíveis. Vejamos um exemplo revelador: agora, os pássaros cantam fora dos períodos do princípio do fim do dia, os momentos em que habitualmente se manifestavam mais. Às primeiras horas do dia o barulho do vento e de outras turbulências está no seu ponto mais baixo e, por conseguinte, os sons chegam mais longe, mas não se tivermos em conta o tráfego da hora de ponta.
Richard Fuller
, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriu que alguns piscos de peito ruivo desistiram do seu concerto matinal e passaram a cantar à noite, para escapar aos sons agressivos do dia. Esta mudança foi atribuída, de início, aos efeitos perturbadores da poluição luminosa, mas o estudo deste cientista revela que os ruídos diurnos têm um impacto claramente mais forte: os bairros da cidade onde Fuller estudou estes cantos nocturnos são mais ruidosos do que os outros bairros, durante o dia.
(continua...)

EXCERTO DE REVISTA NEW SCIENTIST – LONDRES
AUTOR ED YONG
DE MAR./08
JC

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

PENSAMENTOS


“Haverá algo mais verdadeiro do que vencer a força com a razão?”

MAHATMA GANDHI

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TEMPO DE ANTENA


TEMPO DE ANTENA

Muito se tem escrito e ouvido sobre a guerra Israel/Palestina, mais concretamente na faixa de Gaza. Páginas e páginas de jornais, aberturas de noticiários, directos televisivos, um sem número de coisas. E muito bem. Concordo inteiramente que este apelo seja lançado ao mundo para que a Paz possa ser alcançada o mais rapidamente possível, e o truar das armas, dos canhões, da aviação se cale de uma vez por todas para que centenas de pessoas deixem de morrer. A grande maioria inocentes.

Por outro lado têm-se esquecido do continente Africano, onde países como o Zimbaué, o Congo, a Guiné Conacri, o Sri Lança, a Guiné- Bissau, e tantos outros que poderia enumerar, se encontram em guerra quase permanente, ou com uma grande instabilidade política/governativa, em que prolifera a insegurança, a degradação completa da saúde, o tráfico de droga, enfim o caos social.
Quantas páginas de jornais são gastas com as gentes deste continente ou quantas aberturas de telejornais são feitas ao longo dos tempos sobre estes países?
Muito poucas. E porquê? Talvez porque alguns deles não sejam países muito ricos, apesar do continente Africano ser extremamente rico em minério e agricultura quando devidamente explorada. Mas não “alimentam” os senhores da guerra nem as grandes potências mundiais.
É bom que os mídia divulguem também o que se passa com as pessoas deste continente para que também elas possam ser ajudados pela comunidade internacional a alcançar a paz e assim viverem em liberdade e com a dignidade que merecem.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

PRIVAÇÕES SOCIAIS


PRIVAÇÕES SOCIAIS

Estava numa consulta médica à espera de vez, e ouvi o seguinte diálogo entre duas pessoas de idade.
Disse uma para a outra; “então foste às compras? Já compraste tudo? perguntou uma. Resposta da outra; as minhas compras faço-as rápido a maioria delas são feitas na farmácia, parte do dinheiro da minha reforma é gasto em medicamentos, um pouco na alimentação e, roupa já não sei há quanto tempo não compro, basta um qualquer farrapito para andar vestida, depois visto um casaco por cima e já nada parece mal”.
Confesso que fiquei deveras admirado, incomodado, pensativo e revoltado com a vida destas duas pessoas. Revoltado porque os governantes quer em Portugal, quer no mundo nada fazem por estas pessoas. São tratadas com pouca ou nenhuma dignidade, cada vez menos se olha para elas. Gente que já contribuiu para a riqueza nacional e agora no fim da vida, ou quase no fim da vida vive com uns míseros duzentos trezentos ou quatrocentos euros de reforma.
Como é possível viverem com o mínimo de dignidade? Não é possível…
Por isso faço um apelo a todos os governantes, bem sei que é quase impossível esta chamada de atenção alguma vez lhes chegar. De qualquer forma não podia calar. Olhem para estas pessoas com a dignidade que elas merecem.

JC


Imagem de - www.entrekulturas.pt/Media/pobreza

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

OS SURDOS TAMBÉM OUVEM

OS SURDOS TAMBÉM OUVEM

Por acaso, naquele dia o metro estava completamente vazio. Sentei-me ao fundo, perto da janela, de costas voltadas para a porta, e abri o livro que trazia na mão. Duas paragens depois, a carruagem permanecia vazia e silenciosa e continuei entretida a ler. Passados uns minutos senti um desconforto estranho. Um pressentimento de que, embora não ouvisse o menor ruído, não estava sozinha. Achei que estava a imaginar coisas e nem levantei os olhos do papel. Na paragem seguinte ninguém entrou, mas continuei a achar esquisito aquele “feeling”. Olhei através dos vidros e verifiquei, com espanto, que estava realmente acompanhada. De um pequeno grupo de adolescentes surdos.
Sentados no extremo oposto da carruagem, sorriam e falavam uns com os outros sem emitir um único som. A dança dos gestos e a maneira simples como pareciam entender-se eram, ao mesmo tempo, misteriosas e fascinantes.
Discretamente, pousei o livro e fiquei a espiar aquele grupo. Durante dez minutos seguidos, tempo que me pareceu uma eternidade, não consegui deixar de olhar para eles. Não fui capaz de entender um único gesto, mas tenho a certeza de que adivinhei algumas das suas intenções.
Ver um grupo de surdos falar animadamente, discutir ideias entre si, discordar e retomar o fio do pensamento é uma experiência marcante. Quando digo que aqueles dez minutos me pareceram uma eternidade quero dizer que foram profundamente envolventes e me obrigaram a ver (e ouvir) coisas radicalmente diferentes daquilo a que estou habituada.
Primeiro o silêncio. Um silêncio profundo, uma ausência total de ruídos, de sons, de vozes e, no entanto, uma conversa. Uma espécie de magia.
Depois o olhar. Mesmo através do reflexo do vidro, o olhar de cada um era revelador. Olhavam todos com olhos de ver. A seguir, o entendimento. Simples, sem pressas nem atropelos. Apenas sorrisos e acenos afirmativos ou negativos. Uma ordem perfeita.
Depois ainda, a delicadeza com que se ouviam e faziam ouvir. Atentos, estabeleciam uma escrupulosa prioridade de gestos e olhares da qual ninguém se sentia excluído.
Finalmente a cumplicidade. Total. Tanto no acessório como no essencial. Sentia-se que não estavam sozinhos. Percebia-se que eram muito mais do que simples amigos. Pertenciam uns aos outros e amavam-se tão profundamente que era comovente vê-los assim, unidos e perfeitos neste mundo de imperfeição. Saíram todos juntos e fiquei com pena de não poder ir com eles. Senti-me abandonada e não consegui voltar a concentrar-me no livro.
Tinham entre 15 e 18 anos, não mais. Eram quatro, vestidos como se vestem todos os adolescentes, de calças com bolsos chapados, ténis gastos, camisolas e T-shirts grandes e coloridas. As raparigas tinham barretes enterrados até aos olhos e cabelos bonitos e muito compridos. Os rapazes arrastavam às costas mochilas demasiado pesadas e de cores fortes. À primeira vista eram, em tudo, iguais aos adolescentes da sua idade e nada neles denunciava um mundo à parte. E, no entanto, é de um mundo à parte que se trata. De repente fizeram-me lembrar o testemunho da autora de um livro extraordinário que li há tempos.
Emmanuelle Laborit, actriz de teatro francesa distinguida com o Prémio Molière de 1993, publicou um livro, ao qual chamou “Le cri de la mouette” (Editions Robert Lafont, SA – Paris 1993), onde descreveu toda a solidão e cada minuto de sofrimento que foi obrigada a viver num mundo povoado de pessoas que ouvem.
Emanuelle nunca conheceu nenhum som para além do silêncio, um silêncio devastador e sepulcral que a encerrou, com todos os seus medos, numa espécie de prisão onde se sentiu viver durante anos a fio.
“A surdez é o único ‘handicap’ que não se vê. Todos vemos as cadeiras de rodas, todos conseguimos ver se alguém é cego, mutilado ou doente, mas nunca vemos um surdo. Deve ser por isso que somos obrigados a esconder a surdez , porque ela não se vê”, acusa Laborit.
Bonita como poucas, Emanuelle confessa que toda ela era “ruído interior e silêncio exterior” e que o mundo à sua volta demorou demasiado tempo a compreender que tinha exactamente os mesmos sentimentos, as mesmas expectativas, as mesmas angústias de um ouvinte. Para ela, a verdadeira diferença não consistia em não ouvir, mas sim em não ser ouvida.
“Havia um muro permanente entre mim e os outros e eu simplesmente não compreendia que era surda. Apenas sentia que havia uma diferença e sentia-me triste por isso. É difícil aceitar que nascemos num mundo diferente.”
Laborit juntou à tristeza um enorme pavor da solidão. “Tinha um medo horrível de ficar toda a minha vida fechada a gritar no silêncio.”
Ver aquele grupo de adolescentes fez-me lembrar Emanuelle Laborit e pensar na imensa legião de surdos que vive num mundo em que até as coisas mais simples são, para eles, tremendamente complicadas.
“Nunca ouvi a voz da minha mãe, do meu pai e dos meus amigos. Como será a sua voz?”, interroga-se Laborit no livro. E como será a voz de alguém que fala e quase nunca consegue ser ouvida?
JC
Crónica de Laurinda Alves
“Pública”, Fevereiro de 1999