domingo, 31 de agosto de 2008

ENERGIAS E DESENVOLVIMENTO


Energias e Desenvolvimento


Na revista Exame de Setembro vinha publicado um artigo que achei interessante de Isabel Canha intitulado “Energias e Desenvolvimento” e que resolvi publicar no meu blog pelo sua oportunidade.

Nicholas Stern, que estará na conferência sobre renováveis, defende que não são mutuamente exclusivas.

Um deserto tórrido, incêndios, falta de água, populações em fuga para zonas mais temperadas, milhões de refugiados. Não precisamos de grandes dotes para a dramaturgia para representar a tragédia traçada por Ncholas Stern. O pior é descobrir que a acção pode vir a decorrer aqui mesmo, em Portugal, e não numa distante galáxia produzida pela imaginação humana.
Ninguém quer que o pesadelo se torne real, mas tarde em se fazer mais e melhor para evitá-lo. Naquele que ficou conhecido como o relatório Stern, divulgado em Outubro 2006 pelo governo britânico, o ex-economista-chefe e ex-vice-predidente do Banco Mundial, avalia que a inacção perante as acções climáticas pode custar-nos 20% do PIB mundial.
Pessimista de serviço? Talvez, mas ele é o oráculo de algumas boas notícias quando prevê, por exemplo, que o preço do petróleo começará a moderar-se dentro de dois anos, graças à racionalização do uso da energia e à procura de fontes alternativas que a alta de preços está já a provocar. Como refere na entrevista d«que concedeu à EXAME “no sul da Europa há uma enorme vantagem relativa à energia solar e isso deve ser desenvolvido”. No seu gabinete de London School of Economics, onde recebeu a editora Rosália Amorim, defendeu:” O que precisamos é de uma economia low carbon, mas com crescimento. Esse é o desafio, aliar o ambiente ao desenvolvimento”.
Em plena crise do petróleo e com o mundo cada vez mais consciente da urgência do combate ao aquecimento global, a EXAME, a Visão, e o Ministério da Economia associaram-se para promover, em Setembro, uma importante conferência internacional dedicada às energias renováveis e ao seu papel no futuro próximo, do ponto de vista económico ambiental.


Esperamos todos que haja de facto renovação.

JC

9 comentários:

Oliver Pickwick disse...

O Stern tem uma vocação inegável para Cassandra, ainda que o tema mereça extremos cuidados. Há projetos de energias alternativas e auto-sustentáveis desenvolvendo-se em muitos países e, nesta corrida, o Brasil saiu na frente, com o etanol e o bio-diesel, além de outras fontes.
Fazer apologia de uma economia low carbon em detrimento da energia solar, deixa nas entrelinhas algo como: "a serviço dos emirados".
Caro JC, desconfie até mesmo da sua sombra.
Um abraço!

f@ disse...

Renovar é urgente… mas embora haja imenso projectos, o nosso país só agora começa a abrir o véu e a ter atitude… No que respeita a energia solar penso que só agora o projecto da 1ª central começa a ter luz verde esbarrando ainda com infinitas burocracias e outros interesses...
Anda tudo a passinho de caracol… como se o mundo não girasse…
Beijinhos das nuvens

Marcia Barbieri disse...

Tudo parece ser tão demorado,apesar de ser tão urgente. As burocracias sempre atrapalhando tudo,mas enfim,um dia se chega lá.

Beijos
Marcia

Giane disse...

Esperemos mesmo que, de fato, haja renovação.
Ou chegará o dia em que tanta teoria não vai mais adiantar pois não restará mais nada para ser "discutido" ou renovado.

Agradeço a visita JC, apareça sempre que quiser.
Ah, e gosto muito de Vangelis - Chariots of Fire está entre as composições dele que mais gosto.

Beijos mil!!!

helena disse...

Interessante o seu blog. Gostei especialmente do post Educação Civica.
obrigada pela visita
abraço

helena disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Dias disse...

Torço para q realmente as coisas se concretizem!Torço para q o mundo se conscientize.Estou na torcida...

Abraços!

Maria Dias disse...

Torço para q realmente as coisas se concretizem!Torço para q o mundo se conscientize.Estou na torcida...

Abraços!

Anónimo disse...

Quanto às inergias renováveis muito teria para dizer, mas só vou lembrar umas ou duas . A Barragem de Alqueva, A barragem de Foz Coa, a barragem do Sabor, a barragem do Tua, etc etc etc. Quanta inergia perdida e que bem podia contribuir para o nosso desenvolvimento mas, certas barragens de oposicionistas se opõem e, lá ficamos pendentes do petróleo, do gás e do carvão. Cabecinhas pensadoras...Há já me esquecia; a barragem de Foz Coa está ás moscas,nem barragem, nem campos de golfe, nem museu arqueológico. Assim é que está bem...