quinta-feira, 14 de agosto de 2008

VELHAS GAITEIRAS E VELHINHOS TARADOS

Há muitas pessoas que pensam que os afectos, a ternura, o amor, o sexo, ou mesmo o fazer amor termina, ou vai terminando à medida que a idade vai avançando. Pois, enganam-se e, prova disso, é o artigo de opinião publicado na revista Pública do passado dia 10, da autoria do Psicólogo Nuno Nodim :

Velhas gaiteiras e velhinhos tarados

Existe a ideia mais ou menos generalizada, quase tanto quanto é mantida em silêncio, de que quando de chega a uma certa idade, o sexo, tal como a pilha de uma lanterna, vai-se esgotando até acabar. A idade do confronto final, esse dia temido em que se arrumam as botas e as caixas de preservativos, não é muito precisa. Andará lá para a volta dos 65 anos idade fatal em que a pessoa deixa de trabalhar e, aparentemente, de fazer outras coisas úteis à sociedade.
Nada mais longe da verdade.
Desde o dia em que nascemos até ao dia em que morremos que somos motivados a procurar e a saborear as sensações que os corpos, o nosso e o dos outros, podem proporcionar quando premidos os botões certos. Se alguma coisa a idade da reforma traz é mais tempo para aproveitar a amanhã na cama, acompanhado e fazer o que bem se entender. Tudo sem a preocupação de ter que ir a correr para o trabalho ou pôr as crianças na cresce.
Algo que intriga muita gente e que angústia muitos homens é: se os homens com a idade deixam de ter um pénis funcional, então como vão ter vida sexual? De uma vez por todas, que fique esclarecido: os homens podem ter erecções até aos 100 anos! Podem demorar mais tempo e necessitar de mais estimulação para as conseguir. Elas poderão mesmo ser menos firmes do que as que tinham com 85, mas não deixam de ser possíveis! Além disso, as erecções não são essenciais para o sexo. Existem inúmeras formas de passar sem elas muito bem. Basta ser criativo e ultrapassar a ideia de que sem coito, não há sexo.
Muitas vezes a sexualidade não se extingue, mas altera-se, bem como a forma de a encarar. “Verifico que a idade afecta o sexo muito pouco. Aproveito-o tanto ou mais do que quando era jovem. Demoro mais tempo a vir-me, mas isso é um prazer e não um problema”.Quem o diz é um entrevistado de Shere Hite, no famoso relatório sobre a sexualidade masculina. Idade: 70 anos.
Um dos problemas é que continuamos a considerar o envelhecimento como um limbo pouco interessante da existência e a colocar as pessoas idosas numa redoma assexuada que só lhes complica a vida.
Numa formação uma vez, uma professora disse-me que aceitava muito bem a sexualidade dos idosos. O exemplo que deu foi que ficava enternecida quando via dois velhinhos de mãos dadas ou a dar beijinhos na rua, como se de cachorros fofinhos se tratassem. A verdade veio ao de cima quando se falou de relações entre pessoas mais velhas e mais novas. Aí foi quando elas foram chamadas de “velhas gaiteiras” e eles de “velhinhos tarados”. Que tinam vida sexual sim, mas só entre si e de preferência de forma delicodoce. Tudo o resto é repreensível.
Um dia esta professora, bem como todos nós, acordará para verificar que ela também já é gaiteira ao olhar alheio.
E então como vai ser?

8 comentários:

prafrente disse...

O tema da sexualidade "sénior" ainda não encontrou aceitação dentro do contexto da mentalidade portuguesa.Tive o primeiro contacto intelectual com esta problemática através de um artigo publicado na imprensa suiça, nos anos 80.
A longevidade de uma sexualidade activa depende mais da saúde mental do que da idade cronológica.

f@ disse...

Os tabus associados à sexualidade, preconceitos, vergonhas sempre existiram e dependendo da educação ainda vão durar mto…
A sexualidade na 3ª idade parece-me + preenchida de afectos e valores … existe a meu ver uma afirmação e identificação maior… um compromisso feito de carinho …um amor quase artístico… diz-se mto que uma fogueira sem labaredas tem o calor das brasas… e a lareira uma magia de cores pastel…
Beijinhos das nuvens

dona tela disse...

Tive um dia muito bem passado!

Desejo-lhe um grande fim de semana.

Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
PS 3 - Já conheces o me(a)u «Morte na Picada»? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que sendo contos da guerra colonial em Angola 66/68 (em que infelizmente e contra vontade participei), é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Depois de leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato»…

Oliver Pickwick disse...

Sexo e rock. Eu mesmo pretendo praticá-lo e ouvi-lo, respectivamente, até o fim dos tempos.
Um abraço!

Mara faturi disse...

Passando por aqui para conhecer e agradecer sua visita... Gostei daqui,voltarei!! e que possamos continuar compondo,poetando e "tocando" pela vida a fora,
grande abraço!!

Mara faturi disse...

op´s vi agora que você me "linkou", gracias!!! é uma honra...farei o mesmo com seu "Mar",
bjo

Marcia Barbieri disse...

Adorei,ótima escolha de artigo!!!!

Abraço

Marcia